O que têm em comum programas como Partilha com Energia e Conversas com Energia, em Portugal, e EDP nas Escolas, no Brasil? O foco na educação enquanto ferramenta sólida para promover o debate sobre temas fulcrais para o planeta. E para o futuro dos jovens.
Semear hoje para colher amanhã. Sempre próxima da comunidade e focada na construção do futuro, a EDP promove o diálogo e a aprendizagem sobre temas como a sustentabilidade, a emergência climática e a transição energética justa junto dos mais novos. Hoje, estes tópicos estão a entrar em milhares de salas de aula em diferentes geografias onde a EDP está presente, através de projetos distintos e com um propósito comum: criar novos espaços de partilha, promover novas formas de aprendizagem e abrir mentes para novas formas de pensar. Iniciativas pioneiras que já estão a mover o mundo.
“Este projeto é muito importante para o nosso desenvolvimento pessoal, a vários níveis. A experiência é incrível. Vale mesmo a pena”, conta a sorridente Iris Rodrigues, aluna do 11.º ano do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, em Tomar. Criado em 2014, o “Partilha com Energia” é um programa educativo pioneiro inserido na estratégia de responsabilidade social da EDP. Destinado a professores e alunos entre os 15 e os 19 anos, visa desenvolver competências empreendedoras e aproximar comunidades e regiões portuguesas onde a EDP mantém centros de produção de energia, ao promover intercâmbios entre várias escolas do país.
Através da metodologia “Learning by Doing”, cabe aos próprios estudantes das diferentes regiões definir um conjunto de atividades que divulguem a sua região
Ao longo do ano letivo, a EDP lança quatro desafios que vão sendo dinamizados para ajudar cada equipa a preparar os intercâmbios com outra escola participante. Através da metodologia “Learning by Doing” (“Aprender fazendo”), cabe aos próprios estudantes das diferentes regiões definir um conjunto de atividades que divulguem a sua região, o que permite às escolas, segundo Celeste Sousa, diretora de agrupamento escolar de Nuno de Santa Maria, em Tomar, “sair um bocadinho do seu conhecimento cognitivo e ter a oportunidade de desenvolver outro tipo de competências”.
Com o apoio da EDP, os jovens são responsáveis por toda a montagem, planeamento e execução do intercâmbio – uma viagem de cerca de quatro dias realizada em abril e maio de cada ano –, pelos contactos e parcerias com entidades locais (para transporte, alojamento, alimentação e atividades de cariz lúdico e social), pela gestão do orçamento e questões logísticas. Como explica Helena Gomes, responsável do programa promovido pela EDP Geração, “os alunos criam o programa de raiz, desde a angariação de verba ao pedido de patrocínios” ao mesmo tempo que “desenvolvem a criatividade e o espírito de equipa ao longo do ano”. Um conhecimento feito “por eles próprios, e não por um professor que lhes explica tudo, terá cada vez mais valor. Será a aprendizagem do futuro”, reforça o professor de Física Luís Colaço.
Numa soma que é maior do que as partes, o alcance deste projeto fala por si: verdadeiro farol de cidadania ativa, responsável e participativa. Mais ainda: valoriza um sentimento de identidade e de promoção do património, gastronomia e cultura do concelho, fonte de partilha de conhecimento entre os jovens e motor para iniciativas de cariz solidário e ambiental, e muitos momentos lúdicos.
O programa “Partilha com Energia” já impactou a vida de 12 mil pessoas
Cerca de 1.400 alunos de 27 escolas já participaram no programa “Partilha com Energia”, que, direta e indiretamente, impactou a vida de 12 mil pessoas. Na edição deste ano, com o apoio da EDP Comercial e do Ministério da Educação, irá realizar-se em junho um novo evento nacional que contará com a presença das escolas de norte a sul do país para apresentarem a sua experiência e consolidarem aprendizagens.
“Partilha com Energia” é uma experiência transformadora fora do contexto de sala de aula que, nas palavras de Leonor Ferreira, aluna da Escola Secundária João Araújo Correia, no Peso da Régua, é “uma lição para a vida inteira.”
Em Lisboa, sobre o Tejo, as linhas criativas da arquiteta inglesa Amanda Levete acolhem outra iniciativa inovadora. O Maat tem sido palco para o projeto “Conversas com Energia”, que promove o encontro de figuras públicas com alunos de escolas privadas, públicas e TEIP (programa destinado a Territórios Educativos de Intervenção Prioritária).
Nestes fóruns de proximidade, os alunos aprendem com personalidades das mais diferentes áreas, expõem as suas questões e perspetivam novas formas de agir.
“Não faço outsourcing, trabalho com artesãos do atelier. Não gastamos energia em deslocações, nem materiais importados. Tudo o que possa ser português, eu uso.” Palavras proferidas na primeira pessoa durante a “aula” da artista plástica Joana Vasconcelos aos alunos da Escola Poeta Alberto, de Sines, que incentivou os jovens a ter um papel mais ativo na preservação do ambiente. Afinal, como referiu, “a sustentabilidade começa aí: com o que conseguimos fazer através dos poucos recursos que temos”.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, também frisou a necessidade de “produzir mudanças” através da adoção de práticas mais sustentáveis como a redução da carne na alimentação, “andar de transportes públicos, transportes suaves como as bicicletas, ou até mesmo a pé”, explicando aos alunos do Agrupamento de Escolas das Olaias como “os gases de efeito de estufa contribuem para o aquecimento global”. Também José Eduardo Martins, ex-secretário de Estado do Ambiente, em conversa com o Agrupamento de Escolas D. Pedro I de Vila Nova de Gaia, concluiu que “os campeões da mudança não são os políticos, mas cada um de nós”, com gestos tão simples como desligar a luz quando não é precisa.
Sob o mote da sustentabilidade energética, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mostrou aos alunos do Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre, em Lisboa, que combater as alterações climáticas passa por pequenas mudanças de hábitos, desde optar por lâmpadas LED, andar em transportes públicos e recusar o plástico.
No outro lado do Atlântico, no Brasil, o programa EDP nas Escolas faz a diferença ao promover a inclusão digital, esbater desigualdades educacionais, habilitar os professores e motivar o envolvimento dos estudantes nas questões climáticas e ambientais.
Iniciado em 2022, com os “Oceanos” como tema central, foram entregues kits de material escolar a cada aluno e 800 tablets com aplicativos educacionais e um pacote de internet a professores e estudantes. Todas as escolas receberam, ainda, uma experiência em realidade virtual e aumentada com um conteúdo desenvolvido pela Universidade de Stanford acerca da acidificação dos oceanos.
Os resultados do programa EDP nas Escolas já estão à vista: em apenas um ano, participaram 48 escolas de norte a sul do Brasil, impactando cerca de mil professores e 12 mil alunos que demonstraram ganhos significativos, tanto nos aspetos cognitivos quanto afetivos da aprendizagem. E, ao incluir o concurso “Arte com Energia” – uma competição artística com o tema “Minha vida com Oceanos” –, no qual foram reconhecidos e premiados os professores e alunos vencedores, este projeto foi ainda mais longe.
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